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17/04/2017Escrevendo a História do Futebol Mexicano
Olá, amiguinhos, hoje o Muralhas Lendárias retorna abordando a carreira de mais um goleirão e o escolhido de hoje é um goleiro mexicano. Talvez de todos os países do continente americano, o México seja aquele país que revela os melhores goleiros, exemplos não faltam com Guillermo Ochoa, Óscar Pérez, Jorge Campos, Alfredo Talavera, Jesús Corona… e por aí vai, hoje o escolhido é apenas mais um dos grandes goleiros da história do México, que jogou muito pela seleção principal, inclusive uma Copa do Mundo como titular: o homenageado de hoje é Oswaldo Sánchez!
Oswaldo Javier Sánchez Ibarra, ou simplesmente Oswaldo Sánchez, nasceu em 21 de setembro de 1973 na cidade mexicana de Guadalajara. Ainda na adolescência, Oswaldo Sánchez foi trabalhar de assistente em uma loja a fim de ajudar a grande família dele, que tinha pai, mãe e quatro irmãos. Com dezessete anos, um amigo de Oswaldo Sánchez o convidou para jogar em um time chamado Universidad, equipe vinculada a Universidade de Guadalajara. Nesta partida que Sánchez iria jogar, ele foi jogar de goleiro, mas não foi porque era a posição em que ele jogava dentro das quatro linhas, Sánchez foi jogar porque simplesmente a equipe não tinha goleiro (se o Goleiro de Aluguel existisse naquela época poderia ter resolvido este problema, não é mesmo?!). A equipe de Oswaldo Sánchez perdeu, mas ele teve um belo desempenho que impressionou o técnico da equipe, que o convidou para continuar a jogar pelo time, como goleiro.
Com 18 anos, ainda no Universidad, Sánchez foi jogar contra o Atlas Chapalita, uma equipe filiada ao conhecido e tradicional clube mexicano do Atlas e o diretor da base do Atlas estava lá vendo o jogo e a procura de goleiros! As atuações de Oswaldo Sánchez agradaram ao diretor, que o trouxe para a base do Atlas em 1991. Por lá, Oswaldo Sánchez permaneceu até 1993, quando se profissionalizou e subiu ao time principal do Atlas.
A estreia de Oswaldo Sánchez no futebol profissional foi exatamente no dia 30 de outubro de 1993, na Primera División de México da temporada 1993/1994, quando ele entrou no lugar do goleiro Miguel de Jesús Fuentes. Nesta partida, válida pela 13ª rodada da Primera División, o Atlas empatou em um gol contra o Veracruz. O técnico responsável pela estreia de Sánchez no profissional foi o conhecido e renomado argentino “el loco” Marcelo Bielsa.
Nesta primeira temporada pelo Atlas e como profissional, Oswaldo Sánchez começou na reserva de Miguel de Jesús Fuentes, só que nesta primeira oportunidade debaixo das metas do Atlas, Sánchez fez bonito e agarrou a titularidade do time e por lá ficou durante o restante da temporada. O Atlas terminou em segundo lugar no grupo 04 e se classificou para o mata-mata da Primera División, fase aonde foram eliminados logo nas quartas-de-final para o Santos Laguna, após perder a ida em casa por 1×0 e fora de casa por 3×1.
Na temporada 1994/1995, Oswaldo Sánchez continuou como titular do Atlas, porém foi uma temporada muito ruim de los zorros, que terminaram apenas em 13º lugar dentre 19 equipes, não terminaram dentro das oito primeiras colocações e nem sequer se classificaram para o mata-mata do Campeonato Mexicano.
Na temporada seguinte, o Atlas fez uma bela campanha na Primera División, quando conseguiram a terceira melhor classificação geral na primeira fase e se classificaram ao mata-mata da competição, mas foram eliminados logo na quartas-de-final, para o Veracruz, após empatar em um gol na ida fora de casa e em dois gols em casa, caindo graças a regra do gol qualificado. Este empate em 2×2 com o Veracruz foi a última partida de Oswaldo Sánchez com a camisa do Atlas; curiosamente a equipe contra quem Oswaldo estreou foi a mesma contra quem ele se despediu enquanto goleiro do Atlas. Ao término daquela temporada, Sánchez foi jogar no Club América.
Na temporada 1996/1997, o regulamento da Primera División mudou, trazendo as épocas de “Apertura” e “Clausura”, aonde a cada temporada haveria dois títulos, o primeiro que aconteceria na segunda metade do ano até o final do mesmo e o outro título e torneio que seria no primeiro semestre do ano seguinte. Pouco mudava para o regulamento anterior, a única diferença é que seriam dois títulos em que cada equipe jogaria contra a outra em turno único e não em dois turnos disputando um título apenas como era.
Antes de estrear pelo América, Sánchez estreou pela seleção mexicana principal, em um jogo contra Bolívia, em que os mexicanos venceram por 1×0. Além disto, Sánchez fora eleito o melhor goleiro da temporada 1995/1996 do futebol mexicano. Inclusive neste mesmo ano de 1996, Oswaldo Sánchez disputou a Copa Ouro da CONCACAF e as Olimpíadas de 1996 com o México, mas nas duas ocasiões ele foi reserva de Jorge Campos. Por sinal, ele era dado como titular certo nas Olimpíadas, mas o técnico da seleção olímpica mexicana convocou Campos e o colocou como titular.
No Torneo Inverno (hoje chamado de “Apertura”) Oswaldo Sánchez passou na reserva, sendo aproveitado apenas nos jogos da Copa México (aonde o América sequer passou da primeira fase). No Torneo Verano (hoje chamado de “Clausura”), Oswaldo Sánchez virou o titular do clube e o América teve a melhor campanha geral, somando onze vitórias, quatro empates e duas derrotas, aonde Sánchez foi fundamental para que o América tivesse a defesa menos vazada da primeira fase, sofrendo doze gols em dezessete jogos. Entretanto, na fase de mata-mata, o América fora eliminado logo nas oitavas-de-final para o Morelia, após perder fora de casa por 1×0 e em casa por 3×1.
Sánchez passaria mais duas temporadas no América, e mesmo os azulcremas sendo um dos principais times (senão o principal) do México, Oswaldo Sánchez não ganhou títulos por lá, o máximo que ele fez foi um marco pessoal na carreira dele: em partida válida pelo Torneo Verano de 1999 (mais precisamente no dia 17 de abril daquele ano), Oswaldo Sánchez foi expulso pela primeira na carreira, após agarrar a bola com a mão fora da área (o jogo já se encontrava 2×0 para o Cruz Azul e terminou 4×0 para os adversários do América). A última partida de Oswaldo Sánchez com a camisa do América foi em uma vitória em casa por 2×0 sobre o Santos Laguna nas quartas-de-final do Torneo Verano, mas como o América havia perdido por 3×0 a partida da ida, eles foram eliminados. Ao término da temporada 1998/1999, ele rumou para o Chivas Guadalajara, o maior rival do América do México.
Enquanto atuava no América, Sánchez participou da primeira Copa do Mundo da carreira, a de 1998. Entretanto, ele não jogou um minuto sequer, sendo reserva de Jorge Campos. O México foi eliminado nas oitavas-de-final daquela Copa do Mundo, ao perder de virada para a Alemanha por 2×1.
Na temporada 1999/2000, Sánchez estreou pelo Chivas em uma vitória fora de casa por 2×0 sobre o Morelia. Apesar disto, o Chivas terminara apenas em sexto lugar no Torneo Invierno de 2000 e fora eliminado logo nas quartas-de-final, justamente para os rivais do América, antiga equipe de Oswaldo Sánchez. E no Torneo Verano, o Guadalajara de Sánchez começou bem e chegou até as semifinais da competição, quando foram eliminados para os futuros campeões do Toluca, após perder fora de casa por 4×1 e empatar em dois gols em casa.
A temporada 2000/2001 foi para os torcedores do Chivas esquecerem, em que o time sequer chegou a fase de mata-mata dos campeonatos nacionais e sofreria com esta temporada nos próximos três anos, afinal, lá no México o rebaixamento é concedido aos times que possuem a pior média de pontos das últimas três temporadas. Se o Chivas tivesse ido mal nas outras temporadas, teria sido rebaixado facilmente. Ao menos, nesta jornada, mais uma vez, Sánchez fez história! Ele jogou um torneio internacional com o Chivas Guadalajara, a Copa Merconorte de 2000, lá o Chivas não se saiu campeão, mas Oswaldo Sánchez fez o primeiro (e único) gol da carreira! O Chivas estava perdendo por 3×2 para o El Nacional, do Equador, quando tinha uma falta na entrada da área, nos acréscimos do segundo tempo, e Sánchez subiu para área adversária; o cruzamento veio certinho na cabeça dele, e Sánchez empurrou para as redes, garantindo o empate ao Chivas nos acréscimos daquela partida.
Depois desta temporada acabar, Sánchez foi com o México disputar a primeira Copa América da carreira, em que os mexicanos foram vice-campeões, perdendo a final para a Colômbia, o país-sede. Mesmo tendo sido inscrito com o número 1, Sánchez foi reserva de Óscar Pérez no torneio… E você sabia que a Argentina não participou da Copa América de 2001? Saiba mais clicando aqui, aproveite e conheça toda a carreira de Germán Burgos.
No Torneo Invierno de 2001, o Chivas terminou em sétimo lugar, passou a fase de mata-mata, mas fora eliminado logo nas quartas-de-final para o Toluca, já no Torneo Verano de 2002, o time de Sánchez sequer passou para a fase de mata-mata. Apesar de não conseguir lá grandes campanhas no Chivas Guadalajara, Oswaldo Sánchez impressionava pelas boas atuações e pelo bom aproveitamento em cobranças de pênalti e por isto sempre tinha vaga garantida na seleção mexicana. Ao término daquela temporada, teve Copa do Mundo, e Oswaldo Sánchez marcou presença na segunda Copa do Mundo da carreira! Mas mais uma vez, como reserva de Óscar Pérez, mais uma vez ele fora inscrito como o camisa 12, não jogou um minuto sequer e o México fora eliminado nas oitavas-de-final como de costume. Podemos dizer que Oswaldo Sánchez era o único que tinha estatura razoável para ser goleiro dos três goleiros mexicanos daquela Copa do Mundo, afinal ele tinha 1,86m (o que já é considerada uma altura relativamente baixa para um goleiro), enquanto isto, o titular Pérez tinha 1,72m e o terceiro goleiro, o lendário e marcante Jorge Campos tinha apenas 1,68m! Apesar das baixas estaturas, os três goleiros fechavam o gol, provando que este negócio que um goleiro precisa ser alto é balela.
A partir da temporada 2002/2003, os torneios nacionais mexicanos passariam a se chamar Apertura e Clausura (o Torneo Invierno passara a se chamar Apertura e o Torneo Verano passara a se chamar Clausura). Nesta temporada, em ambos os torneios, o Chivas passou da primeira fase no sufoco e fora eliminado logo nas quartas-de-final. Ao término desta temporada, finalmente Sánchez participaria de um torneio internacional com a seleção mexicana sendo o goleiro titular! Este torneio era a Copa Ouro da CONCACAF, com o México agora treinado pelo argentino Ricardo La Volpe e que escolheria Sánchez para ser o goleiro titular mexicano durante a passagem dele pela seleção mexicana.
O México caiu no Grupo A, junto com Honduras e o Brasil (sim, o Brasil foi convidado para disputar este torneio da CONCACAF e mandou o time sub-23 para jogar). Após vencer por 1×0 o time sub-23 do Brasil e empatar sem gols com Honduras, o México passou para as quartas-de-final do torneio, aonde eliminou a Jamaica ao vencê-los por 5×0, depois venceram a Costa Rica nas semifinais por 2×0 e o Brasil mais uma vez, agora na final, outro 1×0 e o México se sagrou campeão com Sánchez não sofrendo um gol sequer! O goleirão homenageado de hoje, com justiça, foi eleito o melhor guarda-redes deste torneio.
Apesar disto, Sánchez ainda não conseguia levantar títulos com o Chivas, que sequer passou da primeira fase no Apertura de 2003. No Clausura de 2004, o Chivas fez uma grande campanha terminando na terceira melhor colocação geral e, na fase de mata-mata, eliminaram o Atlante nas quartas-de-final e o Toluca nas semifinais, chegando na finalíssima contra o Pumas UNAM! Seria este o primeiro título da carreira de Oswaldo Sánchez em clubes? Não… após empatar a ida em casa em um gol e fora de casa sem gols, o Pumas foi campeão ao vencer nos pênaltis por 5×4. Apesar de tudo, Sánchez jogou muito bem e foi eleito o melhor jogador daquela temporada do futebol mexicano!
Em 2005, Oswaldo Sánchez iria participar de mais uma Copa das Confederações, agora sediada na Alemanha e como titular da seleção mexicana. O México caiu no grupo B, venceu o Japão na estreia por 2×1, depois o Brasil por 1×0 (com Borghetti sendo o principal personagem do jogo, cobrando três pênaltis e, posteriormente, fazendo o gol da vitória) e um empate sem gols com a Grécia no último jogo fora suficiente para classificar os mexicanos às semifinais como líderes do grupo, fase em que foram eliminados para os argentinos, após empatar em um gol (sendo que ambos os gols saíram na prorrogação) e perder por 6×5 nos pênaltis. Na decisão de terceiro lugar, mais uma derrota, agora para os alemães, por 4×3 (o gol da vitória dos alemães saiu na prorrogação).
Em 2006, Sánchez voltaria a disputar um torneio internacional de clubes com o Chivas, a Libertadores daquele ano. O Chivas caiu no grupo A, junto com o São Paulo, Caracas e Cienciano e após três vitórias e três empates, o Chivas terminou em segundo lugar no grupo e passou para o mata-mata, tendo a melhor campanha dentre os segundos colocados. Nas oitavas-de-final, a equipe de Guadalajara eliminou o Santa Fe, da Colômbia, ao vencer por 3×0 em casa e perder por 3×1 na volta. Depois, eliminaram a equipe que tinha a melhor campanha até então, os argentinos do Vélez Sarsfield, após empatar a ida em casa, venceram por 2×1 a ida fora de casa e eliminaram o Vélez, passando para as semifinais, fase em que foram eliminados para o São Paulo, após perder por 1×0 em casa e por 3×0 no Morumbi (detalhe: na fase de grupos, o Chivas havia vencido o São Paulo por 2×1 tanto dentro quanto fora de casa. Na final, o São Paulo perderia as finalíssimas para o Internacional de Clemer).
No meio daquele ano, Oswaldo Sánchez participaria da terceira e última Copa do Mundo da carreira, e a única como titular da seleção mexicana. Durante a preparação para aquela Copa do Mundo, antes do torneio começar, o pai de Oswaldo Sánchez morreu em decorrência de um ataque cardíaco, ele voltou ao México para prestar condolências e suporte à família dele neste momento difícil e ainda retornou a tempo do primeiro jogo do México no mundial. A seleção mexicana estreou vencendo por 3×1 o Irã, depois empatou sem gols com a Angola e perdeu por 2×1 para Portugal de Ricardo, resultados suficientes para classificar os mexicanos ao mata-mata como segundo colocados daquele grupo. “Pra variar”, o México foi eliminado nas oitavas-de-final, para a Argentina, ao perder de virada por 2×1, com Maxi Rodríguez fazendo um golaço na prorrogação.
Oswaldo Sánchez continuou até o final daquele ano no Chivas, mas antes de sair, fez história com o clube! O Chivas Guadalajara terminou apenas em oitavo lugar na classificação geral do Apertura 2006 e iria decidir tudo fora de casa na fase de mata-mata. Nas quartas-de-final, venceram o Cruz Azul, após vencer a ida em casa por 2×0 e empatar em dois gols fora de casa. Nas semifinais, contra os rivais do América, o Chivas venceu a primeira em casa por 2×0 e um empate sem gols na volta garantiu o time na final contra o Toluca e se sagraram campeões após empatar a ida em casa em um gol e vencer fora de casa por 2×1. Oswaldo Sánchez, capitão do Chivas, finalmente levantava uma taça com um clube! Logo em seguida, ele iria se transferir para o Santos Laguna.
O começo com o Santos Laguna foi duro, afinal, mesmo com o time se classificando para o mata-mata, os mesmos lutaram para não cair, visto que haviam realizado campanhas medíocres temporadas anteirores. Ao fim da temporada, Sánchez foi titular do México na Copa Ouro da CONCACAF e na Copa América, ambas em 2007, e nas duas ocasiões, o título bateu na trave, com o México terminando em terceiro lugar na Copa América e como vice na Copa Ouro da CONCACAF.
Após isto, Sánchez pouco atuaria na seleção mexicana. Em 2008, ele atuou em partidas válidas pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2010; em 2009, ele atuou apenas em um amistoso contra a Suécia em que os mexicanos venceram por 1×0. Oswaldo não foi convocado para a Copa do Mundo de 2010 (sequer chegou a jogar com a seleção mexicana naquele ano) e em 11 de outubro de 2011, ele jogou a última partida dele com a seleção principal do México, no Estádio Corona (estádio do Santos Laguna), em um amistoso contra o Brasil: o México saiu ganhando com um gol contra de David Luiz, mas sofreu a virada com um gol de falta de Ronaldinho Gaúcho e depois um de Marcelo. Antes de sofrer o empate, o México perdeu um pênalti com Andrés Guardado chutando em cima do goleiro Jefferson. Aos 45 minutos do segundo tempo, Oswaldo Sánchez foi substituído para a entrada de Alfredo Talavera, se despedindo da seleção com 99 aparições oficiais pelo time principal do México.
Na temporada 2007/2008, muito a se comemorar! No Apertura 2007, o Santos teve a melhor campanha geral, mas no mata-mata fora eliminado nas semifinais. Agora no Clausura de 2008, o Santos Laguna teve a segunda melhor campanha, perdeu apenas para o Chivas, mas no mata-mata se sagraram os campeões! Após eliminar o Necaxa nas quartas-de-final e o Monterrey nas semifinais, o Santos se sagrou campeão em cima do Cruz Azul após vencer a ida fora de casa por 2×1 e empatar em 1×1 em casa.
Na temporada 2008/2009, não se teve muito a comemorar com o Santos Laguna, que fora eliminado nas semifinais do Apertura e sequer se classificaram para a fase de mata-mata do Clausura. Ao menos, nesta temporada, Sánchez voltara a jogar um torneio internacional de clubes, agora com o Santos Laguna, a Liga dos Campeões da CONCACAF, aonde o título quase veio, o Santos Laguna fez uma excelente campanha, mas não foi páreo para os conterrâneos mexicanos do Cruz Azul nas semifinais.
Os títulos só voltariam para Oswaldo Sánchez na temporada 2011/2012, após ter sido vice-campeão do Apertura de 2011, ao perder a final para o Tigres UANL, porém o Santos Laguna se sagrou campeão do Clausura de 2012, eliminando o próprio Tigres nas semifinais e vencendo a finalíssima sobre o Monterrey. Apesar disto, nesta mesma temporada, o Monterrey se vingou do Santos Laguna, ao vencer a Liga dos Campeões da CONCACAF, o torneio de clubes mais importante da América do Norte, em cima do time de Sánchez. Era a primeira vez que o Santos Laguna chegava a uma final da Liga dos Campeões da CONCACAF, enquanto o Monterrey, era o atual campeão e conquistava o bicampeonato.
Na temporada 2012/2013, mais um vice-campeonato da Liga dos Campeões da CONCACAF, mais uma vez para o Monterrey. O Santos Laguna fez a segunda melhor campanha geral da fase de grupos, venceu todos os jogos da chave, eliminou o Houston Dynamo nas quartas-de-final e o Seattle Sounders FC nas semifinais, ambas equipes dos Estados Unidos, e chegava pela segunda vez a uma final de Liga dos Campeões da CONCACAF, para uma revanche com o Monterrey. O primeiro jogo da final, em casa, terminou empatado sem gols. Na volta, fora de casa, o Santos Laguna terminou o primeiro tempo ganhando por 1×0, ampliou para 2×0 no início da segunda etapa, era o título se encaminhando… dez minutos depois, o Monterrey diminuiu, mas o título ainda era do Santos Laguna, aos 41 do segundo tempo, o Monterrey empata, vira aos 45 minutos e ainda teve tempo para ampliar para 4×2 nos acréscimos. O título, mais uma vez, era do Monterrey.
Durante o Apertura de 2014, Oswaldo Sánchez conquistou o último título da carreira dele, o da Copa México daquela época. A Copa México é como se fosse a Copa do Brasil, mas que há duas na temporada, seguindo o calendário do Apertura e do Clausura; entretanto, este torneio existiu nos primórdios do futebol mexicano até a temporada 1996/1997, só retornando na temporada 2012/2013. Apesar deste ser o último título da carreira de Sánchez, ele sequer atuou na Copa México, deixou a titularidade para Julio José González e jogou apenas na liga mexicana daquela jornada.
Durante esta temporada 2014/2015, após o Apertura ter se encerrado para o Santos Laguna, que sequer passou para o mata-mata, Oswaldo Sánchez resolveu aposentar as luvas do mundo do futebol aos 41 anos, mas colecionando recordes na Liga Mexicana! Ele é o único jogador da história da Liga Mexicana a jogar mais de 700 jogos no principal campeonato de futebol México, possui 725 aparições, sendo 712 como titular, somando 63.792 minutos jogados na primeira divisão mexicana. É o jogador que mais jogou fases finais (24), sendo que são 94 partidas somadas nas fases de mata-mata. Também é o goleiro com mais pênaltis defendidos na história do Campeonato Mexicano, somando 25 defesas (além destes pênaltis, ele tem mais dez pênaltis defendidos pela seleção mexicana), e, para encerrar, um recorde pessoal: Oswaldo Sánchez chegou a atuar por 82 partidas seguidas! “San Oswaldo” tem ou não tem história para contar?
E esta foi a trigésima-nona edição do Muralhas Lendárias aqui no blog do Goleiro de Aluguel! Espero que vocês tenham gostado da abordagem de Oswaldo Sánchez, um dos vários goleiros marcantes da história mexicana e que quebrou muitos recordes nos campeonatos do país. Daqui quinze dias, o quadro volta abordando a carreira de mais um lendário goleiro, espero vocês lá!
MÉXICO 0 x 0 GRÉCIA: COPA DAS CONFEDERAÇÕES 2005 (DEFESA MILAGROSA DE OSWALDO SÁNCHEZ AOS 0:19):
MÉXICO 1 x 0 BRASIL: COPA DAS CONFEDERAÇÕES 2005:
GRANDES DEFESAS DE “SAN” OSWALDO:
PÊNALTIS DEFENDIDOS POR OSWALDO SÁNCHEZ: